Atras da porta tuas botas na cama tu
February 25, 2021
Atŕas da porta, suas botas. Na cama tu
é de Vera.
Rosto marcado
como talho em madeira
sorriso e lagrimas efemeros.
Me atraio pela sua solidez.
Tempo é seu aliado
pois me afasta todo ano
e me deixa na mesma distância
que nem da primera vez.
Ferpa.
Farol baixo
seus olhos baixos
e olheiras de capitu.
Não existe problema em distribuir o cu
se quem ama não cuida
observa de longe.
O impulso de oferecer ajuda
é quase tão rápido quanto o medo de desmerecer sua força.
Não te vejo nu
Para te imaginar nu
Apareço sozinho
Pro meu rosto ser lembrado.
Pro meu nome ser lembrado
quando tu esquecer o nome de outro qualquer.
Pros teus olhos me seguirem
com dúvida.
Vitória I
Me vejo refém
Ao reescrever sobre ti
De quatro.
Me vejo refém
E assim como me sinto
Te quero também,
de quatro.
Derrota II
O time não foi bem
até se esforçou,
mas não o suficiente.
Demos adeus ao título
e adeus para Vitória.
Aspira.
Pele pálida
Pés de sola vermelha
Trabalhar com a cabeça
Ter a cabeça cheia
Ter a geladeira cheia
Acordar às dez e meia
Ter o cu cheio de pregas
Ter dez anos de vida vividos porcamente
Se descobrir tardiamente.
Ficar em choque
Quando chupam os dedos dos seus pés
Com as unhas pintadas vermelho rubi
Nem eu
Não posso contar as cores em sua cabeça
E viu,
se eu comprar o mesmo tenis
quem sabe a gente se pareça.
Tu não fala de amor
pode ser que eu não mereça
não falo do meu
temendo que logo tu se esqueça.
Textos e notas por aqui e por ali.